Monday, April 09, 2007

Cassadaga


O ídolo emo/indie Conor Oberst em sua adolescência era apontado como garoto prodígio quando ainda tocava no Commander Venus ao lado do não menos gênio Tim Kasher do Cursive. Com o passar do tempo, essa tese se confimou, ele mostrou ter muito talento. Oberst e seu projeto Bright Eyes lançou excelentes discos, dignos de muitos elogios, sempre com várias mudanças musicais, sem deixar de ter sua cara.

"Letting of the Hapiness", "Fevers & Mirrors", "I'm Wide Awake, It's Morning", "Lifted or the story..." são maravilhas pop de difícil absorção. Não é possível perceber a sua grandeza à primeira percepção. Um daqueles discos que você necessita de ouvir mais e mais até gostar. E são esses mesmos os que se tornam os mais importantes. Porém, também tem os totalmente dispensáveis, que agradeceriamos por não termos tido a chance de os escutar. Nesse caso se inclui "Digital Ash in a Digital Urn", uma escória para Conor, o álbum mescla batidas computadorizadas e muito experimentalismo. Também o "Collection of Songs Written and recorded 1995-1997", nada mais que uma coleção de músicas ruins, com excessão de "Saturday as Usual".

Estamos em 2007, aguardando um novo trabalho há dois anos desde o lançamento simultâneo de "Lifted..." e "I'm Wide Awake...". É ai que chega "Cassadaga", mais recente álbum do cultuado artista que adota um visual mudado à lá Neil Youngm, deixando pra trás todo seu jeito emo de ser. Cassadaga não foge muito do estilo do EP "Four Winds", muitos instrumentos, não existe mais a voz desafinada que marcava há alguns anos. Talvez esse seja o ponto díficil dele, principalmente para alguns fans que adoravam o vocal desafinado, e a voz/violão. Nem por isso, o disco é ruim.

Logo no começo, acontece o de praxe, uma longa introdução, e a música em seguida, boa por sinal. A segunda canção é "Four Winds" com um refrão deveras pegajoso. Outras boas são "Soul Singer in a Session Band", "Classic Cars", "Cleanse Song" e "I Must Belong Somewhere". De resto, faixas medianas e algumas desprezíveis como "Middleman", uma mistura de música indiana (????)

Cassadaga mostra ser um bom aperetivo diante do universo Bright eyes. Mediano, porém, exibe talento e como a musicalidade é mudada sem perder em qualidade, nessa questão várias bandas deveriam aprender o mesmo, pois é o que julga o bom grupo do ruim.

2 Comments:

Blogger Indie Style said...

Parece que o garoto prodigio cresceu e deixou de fazer o seu som mais reconhecido para abraçar uma nova musicalidade algo mais folk, um Alt-Contry que busca a essencia da América destes Bright Eyes.

4:57 AM  
Blogger Leonardo Ribeiro said...

pra musica nao existe fronteiras mesmo!

9:08 AM  

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