Tuesday, February 20, 2007

Dinosaur Jr.


Na década de 80, a cena musical alternativa americana estava em grande crescente, uma das bandas que fizeram parte e ajudaram no alavancamento da mesma foi o Dinosaur Jr. Com J. Mascis, Lou Barlow (posteriormente fundador do Sebadoh) e Emmett Murph, lançaram ótimos discos influênciadores para muita gente, como por exemplo, o lendário conjunto de Seattle, Nirvana. Entretanto no fim da década ocorreu a separação, mas Mascis continuou, tocando todos os instrumentos, compondo e lançando. Em 1997 o guitarrista deu fim a tudo e se dedicou a carreira solo.

Em 2007, muito tempo depois de "Bug" - o último disco dos três músicos juntos - um novo trabalho é feito: Beyond. Havia a espera de uma grande obra após tanto tampo, até a falta de expectativa para alguns, porém a pura realidade é: um dos melhores álbuns dos últimos tempos, pois contém o carisma de uma banda consagrada por clássicos e realizadora de uma nova pérola. Nada de espantos ao ouvir fanáticos referindo-se ao novo CD como melhor do que o inestimável "You're living all Over Me", não fique impressionado - pois qualidade ele possui. Batelada de ótimas canções com guitarras furiosas exalando solos místicos e pegajosos - ponto forte de J. Mascis. Do começo ao fim, nada deixa a desejar, no máximo a faixa nove "I Get Lost", menos provida de velocidade. Almost Ready é excelente, sem palavras. Crumble também, maravilhosa. Ouça, ouça e ouça. Cada audição é mais apaixonante.

Para você, apreciador de grupos antigos que soam como "novos", preste atenção nessa beleza rara, provavelmente, uma das melhores coisas da década. Sem devaneios, por favor, todavia não é loucura falar isso quando trata-se de Dinosaur Jr. e J Mascis. Música de qualidade para escutar e não parar mais. Quem estava com receio, está realizado. E quem estava com esperanças um grande monumento, também está realizado. Fugaz, impetuoso, indomável e barulhento - isso é Dinosaur jr.

Labels: , , ,

Monday, February 12, 2007

Bata palmas e diga sim!

Clap Your Hands Say Yeah

Some Loud Thunder
(Wichita Recordings - 2007)

Nos tempos de hoje, não necessita-se de longas esperas para conhecer o último trabalho de um artista, basta ir ao programa p2p mais próximo, e de lá sacar o novo disco do grupo, melhor ainda, muito tempo antes de o mesmo ser lançado oficialmente. Há algum tempo, isso vem acontecendo frequentemente - a nova era da internet, cada vez mais urgente. Muitas vezes são tantos novos álbuns para ouvir, que não conseguimos dar atenção a todos, descartando-os rapidamente, sem análises com o devido cuidado e calma. Bem, tudo tem seu lado positivo e negativo. Em épocas passadas, um pouco distantes, era difícil conseguir algo de uma banda desconhecida, hoje, com a tecnologia, não é nada complicado, em questão de minutos consegue-se qualquer coisa de qualquer conjunto sem nenhum esforço, talvez seja bom, talvez ruim.

O Clap Your Hands Say Yeah junto com os Arctic Monkeys conseguiram uma grande publicidade via blogs e MySpace, com tudo isso só faltava a NME para terminar de consolida-los - fato ocorrido. O CYDSY gravou seu disco por conta própria, com êxito, assinou por um pequeno selo, vendendo milhares de cópias. Nada mal para eles, uma nova banda que não faz nada mais que emular bandas antigas, como por exemplo, os Talking Heads, presente na voz de Alec Ounsworth. Tudo isso soa como balela, aquela velha coisa que todos costumam fazer - comparações. Outra influência presente é o Velvet Underground, com algumas nuances de Flaming Lips.

Mas, falando da era moderna, na qual se consegue qualquer disco, um dos últimos que escaparam na rede foi o do CYHSY entitulado de "Some Loud Thunder". Certa vez disseram que após a gravação do debut, possuiam músicas para formar dois ou três CDS. QUando escutei o novo trabalho da banda, fiquei certo dessa afirmação. "SLD" mostra-se semelhante ao primeiro, aparentando ser uma sobra do mesmo, porém, de igual qualidade. Quem esperava uma mudança, ficou decepcionado. Àlbum mais produzido, com mais instrumentos e menos incipiente - certeiro, ou não.

Há várias boas canções, começando espertamente pela ótima faixa-titulo, logo após uma experimentação a lá Flaming Lips em "Emily Jean Stock". "Mama Won't You Keep Those Castles in the Air and Burning" não deixa nada a desejar, mostrando-se uma das melhores do disco. Há, também, não sedutoras como "Love Song No. 7" e algumas outras. "Some Loud Thunder" deixa a desejar na extensão das faixas sem necessidade, com muitos minutos e uma masturbação músical indesejável. O Clap Your Hands passa no teste do segundo disco? Se chamarmos de uma cópia da estréia de segundo disco, bata palmas e diga sim, passou.

Labels: