Monday, March 26, 2007

Arcade Fire.

Surgido em 2003, os canadenses do Arcade Fire impressionavam pela sua criatividade. Além da tríade guitarra/baixo/bateria, utilizam violinos, acordeões, xilofones, percussões e todo o possível para fugir da sonoridade costumeira das bandas atuais. Em 2004, o disco "Funeral" recebeu várias críticas positivas sendo colocado como um dos melhores daquele ano, possuia ótimas canções como "Wake Up" e Rebellion(Lies). David Bowie e David Byrne, dois dos maiores ícones do pop mundial décadas atrás são fãs do grupo. Sem dúvida, o álbum marcou a década.

Mesmo tendo sindo lançado a algum tempo atrás e ter vazado a tempos, o novo disco do Arcade Fire merece um post. Excelente, sem ser fantástico. Não deixa a desejar sobre o primeiro, mas também não o supera. Atmosfera agradável, abra a mente e sinta o que eles te propõem. Neon Bible é sombrio e possui emoções embutidas, saiba ouvi-lo. Semelhanças? Difícil encontra-las. No momento eles são a influência.

Keep the car Running é contagiante. Intervention é incrível, a canção desenvolve-se num grande crescente, liberando vários sentimentos. No Cars Go - presente no primeiro EP - foi refeita e ficou mais trabalhada, ainda mais bela. My Body is a cage é energética. Fora alguns exageros, é impossível achar algo desprezível nesse trabalho, nada deixa a desejar.

Dentre vários motivos citados acima, podemos facilmente dizer que o Arcade Fire é uma das maiores bandas da década, se firmando com o segundo CD. Um dos maiores conjuntos atuais e com certeza um dos mais criativos. O entrosamento entre Win Butler e sua esposa é sensacional. "Neon Bible" tem tudo para ser um dos melhores do ano, sem dúvida nenhuma. Com Personalidade, sonoridade formada e uniforme, eles possuem uma combinação nada casual para prosseguir no caminho do sucesso e criar um terceiro disco ainda melhor.

Tuesday, March 06, 2007

View.

Porque em todo o post eu me refiro ao Reino Unido? Pois é lá que está surgindo a melhor safra de boas bandas de rock da década. Isto se torna inegável quando paramos para perceber o tanto de coisa boa que atualmente é lançada por lá . Do rock dançante ao mais punk, sem contar o bom e velho Britpop.

A desconfiança me atordoa nos últimos tempos a respeito de música. Milhares de bandas surgindo, com tanto frisson em busca do pop perfeito. Desta vez o medo era com o grupo escocês de Dryburgh "The View", um dos queridinhos da NME. É complicado esperar muita coisa nessa época de hype uncontrol, no qual o mundo da música está assolado. Mas, várias surpresas estão acontecendo nesse ano de 2007.

O View nada mais é que uma mistura de Punk 77, Britpop, The Clash, Oasis, Libertines e Beatles. Formada por Kyle Falconer, Kieren Webster, Peter Reilly e Steven Morrison em 2005, eles tem tudo para ser o Arctic Monkeys do ano, graças a energia dos quatro jovens. O View está sendo apontado como os novos irmãos Gallagher do Oasis, por causa de seu tom blase nas entrevistas. Fora isso, estão andando com o junkie Pete Doherty, que os convidou para abrir shows do Babyshambles. Inclusive, o vocalista foi preso por posse de cocaína. Coincidência, não?

O disco "Hats of the Buskers", saiu esse ano. Excelente por Sinal. Começa muito bem com Comin' Down, com um jeito Jet de ser, vide grito inicial. Superstar Tradesmen a melhor do álbum, faixa para ser tocada em uma rádio fácil fácil, melodia marcante e acertada, viciante. Same Jeans também é linda. Quinze músicas para você se divertir e ficar bem atento. Qualidade incontestável desses rapazes Escocêses.

Impressionante como tantas coisas legais tem surgido, ao mesmo tempo, tantas porcarias. Mas o View são uma dessas legais, e merecem sua atenção. Não se arrependerão, vários hits para você se deliciar, ouça o belo sotaque do frontman. Maravilha de grupo.



Ps: Falta de criatividade é foda.

Thursday, March 01, 2007

Paddingtons.


A Inglaterra sempre deu luz a várias bandas, isso é fato. Atualmente, acontece o mesmo. Os Libertines são um exemplo da nova década - explosivo, como um bom grupo de rock deve ser. Arctic Monkeys, ultra-mega hypados pela formadora de opinões NME. Os dançantes Rakes, Futureheads e os animados Fratellis. Isso é só uma pequena parcela das milhares de bandas surgidas no novo rock britânico.

Cito uma, em especial, apadrinhada por Pete Doherty e Carl Barat. Os Paddingtons. Realizam um rock urgente, tipicamente inglês, com influências de Clash. Tudo bem, mas quem não faz isso atualmente na Inglaterra? Todos, porém, eles fazem de um modo diferente, de maneira certa e acertada. Um estilo despojado, inteligente, ardente e exasperado. Garotos explosivos. Explosivos até demais, o vocalista Tom Atkin que o diga.

Em 2005 lançaram seu álbum de estréia entitulado de "First Comes First , muito bom, diga-se de passagem. Para quem gosta de Clash, já dito anteriormente, Libertines e Dirty Pretty Things não vai se decepcionar. Pannic Attack é excepcional, Tommy's Disease, ótima e a grande Alright in the Morning, a melhor do disco, com uma mescla de reggae no meio. Canções de alta qualidade.

Muitos odeiam a atual cena musical alternativa, pura nostalgia de quem tem sindrome de velharia. Vários bons conjuntos novos estão surgindo. Também surgem milhares de grupos funestos, devemos saber filtra-los, curtir, não sendo afetados por tais calamidades. Há muita coisa de qualidade por ai, basta garimpar, desse modo, achar o que convém para seu ouvido.